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26 de Janeiro
População deve ficar atenta à morte de bugios
Animais não transmitem febre amarela, somente avisam a população sobre a chegada da doença
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População deve ficar atenta à morte de bugios

Animais não transmitem febre amarela, somente avisam a população sobre a chegada da doença

Nas últimas semanas foram registrados inúmeros de casos suspeitos e confirmados de febre amarela no Brasil, especialmente no estado de Minas Gerais. Isso faz lembrar o surto de febre amarela ocorrido em 2009, quando a doença chegou até os municípios da região.

Entre outubro de 2008 e abril de 2009, segundo o setor de Vigilância Sanitária de Barros Cassal, inúmeros bugios morreram vítimas de febre amarela. Porém, devido ao caos que se instalou entre a população, quase não foi possível fazer o monitoramento dos casos.

Segundo os registros, apenas dois macacos foram enviados para análise, sendo que um foi localizado no interior, em Rincão Santa Cruz, e outro no Centro, ao lado do União Piscina Clube. As análises confirmaram que os dois animais morreram devido à doença.

Devido à rápida vacinação da população, não foram registrados casos de febre amarela em humanos em Barros Cassal. Porém, a doença quase exterminou os bugios. “Hoje em dia os bugios são muito raros de serem encontrados no município devido àquela época. Estima-se que 95% de toda população da espécie tenham morrido. Além da doença, muitos foram mortos pelas pessoas, que por falta de informação achavam que obugio era o transmissor da doença”, disse Vagner da Silva, agente de endemias da Vigilância Epidemiológica de Barros Cassal.

Bugio faz papel de sentinela

Os bugios, os macacos-prego e os humanos são vítimas da febre amarela, e não causadores dela. No caso dessa doença, segundo Vagner, esses animais precisam ser preservados, pois quanto mais bugios e macacos-prego existirem, menores as chances dos mosquitos transmissores deixarem as matas para picar os humanos em suas casas. Além disso, encontrar bugios mortos significa um aviso para um possível novo surto de febre amarela em Barros Cassal. Sem os macacos, os primeiros a serem infectados com a doença seriam os humanos.

O que fazer

Se alguém localizar bugios ou macacos-prego mortos, deve entrar em contato o mais rápido possível com a Vigilância Epidemiológica, que está localizada junto à Secretaria Municipal de Saúde. Os animais serão enviados para análises de laboratório para identificar a causa da morte. Somente assim a população e as autoridades poderão ser alertadas.

Febre amarela

Vagner explica que a febre amarela é uma arbovirose, ou seja, uma doença causada por um vírus transmitido por artrópodos. Nas Américas, os vetores mais importantes são mosquitos pertencentes aos gêneros Haemagogus e Sabethes. No Rio Grande do Sul, o vírus é transmitido por Haemagogus leucocelaenus, espécie nativa, amplamente distribuída em ambientes silvestres do Estado e por isso não passível de controle.

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